Se fosse fácil...

"Se fosse fácil, não seria atingível!!!!!!"





"O fracasso não é opção!"















sábado, 30 de janeiro de 2010

Aniversário do Sérgio

Dia 29 de Janeiro, o Sérgio completou mais um aninho.

Aqui ficam as imagens.


Práticas



Na quinta- feira tivemos práticas com o chef Carlos, no cantinho da zéza.
 Da ementa constou: Bacalhau à Zé do pipo...






 Cordon Blue com arroz de legumes, argolas de cebola, couve salteada e cogumelos albardados...


Prófiteroles com gelado e caramelo...



e finalmente.......
Pudim de requeijão.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Boa tarde, hoje vimos introduzir as três palavras, há muito esperadas.
Pois então, vamos arrancar com esta maratona e já sabem "Desistir não é opção".

1º- Belicosa ; 2º Promoutorio ; 3º Idolatras .

André ; Anabela ; Ana

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Leiam e reflictam

Geralmente os bairros sociais nascem não porque as pessoas que os habitam tenham a predestinação para tal mas antes porque, devido a problemas de ordem vária acabam na condição de socialmente excluídos.
Em qualquer sociedade humana e de forma a fazer funcionar a engrenagem constrói-se um denominador comum: um conjunto de pressuposto relativos ao que se pode e não pode fazer-se – é certo que, sem um conjunto de regras base um dado conjunto tende a dispersar-se e a perder o seu rumo se não existirem directrizes comuns a que obedeçam.
Ao conjunto de pressupostos convencionados, desde que o homem se organizou socialmente tendo no trabalho o motor que permitiu o salto para a humanidade distanciando-nos dos primatas (o facto de as sociedades humanas se organizarem de forma a produzir fez surgir a consciência abstracta posto que o trabalho humano é feito por partes incluídas por fim no todo sendo que cada uma delas não nos dá a percepção imediata do objectivo a alcançar), chamaremos norma, todos os desvios a esta norma criam ruído e devem ser ou sanados ou excluídos.
A problemática dos bairros sociais assenta nesta premissa. A adaptação ao meio e a sociedades humanas cada vez mais exigentes no pedir criam estados de ansiedade (daí que as doenças do século seja a depressão e o Alzheimer), há os que encontram as condições necessárias a essa adaptação e que possuem redes sociais capazes de os susterem bem como a segurança necessária para tal (o que daria matéria ainda para outro estudo) e os que, por motivos vários, as não têm.
O que fazer a estes segundos, aos inadaptados? À uma podem ser esquecidos, ignorados como se lá não estivessem: existe a tendência a pensar que o que não vemos não está lá. Os que “não estão lá” não são por tal obliterados e tentam organizar-se conforme sabem e podem, criando por vezes sistemas sociais satélites ao vigente; grupos de indivíduos que constroem barracas, bairros periféricos e que, de certa forma, tendem a sobreviverem à margem do tecido normativo.
Nada existe de mais temível do que os que não têm nada a perder e pelo simples facto de que, não lhes podemos tirar nada.
Dentro da voragem social em que nos incluímos perdemos aos poucos a humanidade, o sentido do outro, vivemos na ausência do toque, propulsionados por outras forças e exigências. Neste sentido procuramos escapes que nos façam esquecer o que se vai perdendo. Há quem recorra à violência gratuita contra os seus pares, há quem recorra a mulheres de rua, há quem recorra a substâncias ilícitas. Recorre-se ao “bruto”, e entram aqui os que não têm o que perder em proporcionar aos adaptados algo que os leve a pensar que de facto o são. Os bairros sociais são terreno fértil para o desvio – nascem já do desvio (da não adaptação) e é estranho percebermos que vamos ao desvio buscar o que nos devolva a aparência normal…
Entretanto estes bairros crescem, nas proximidades das nossas cidades é já impossível “fazer de conta que não estão” e torna-se necessário incluir estas pessoas, pelo menos em aparência.
Criam-se estruturas, bairros, constroem-se casas que os alberguem e que deitem por terra as estruturas frágeis e feias em que habitam: as barracas.
Na construção dos bairros sociais esquecemos o mais importante: não é na aparência que reside a essência das coisas, há que trabalhar o núcleo do problema – tal como na educação da sociedade portuguesa ou na falta dela… - concentramos nestes bairros o problema mascarando-o de cores mais frescas: os indivíduos que tendemos a considerar “persona non grata”mantém-se como tal, continuam a sofrer das mesmas lacunas e aquém do que é aceite.
Razões para a não inclusão? Medo. Dos ciganos porque têm facas, dos drogados porque têm doenças, dos pedintes porque nos aborrecem.
O que não conhecemos amedronta, o que conhecemos de sobejo porque ajudamos a criar aterroriza… estas pessoas fazem-nos medo. E estas pessoas nascem com a consciência de que nós as tememos, não fazem de propósito, é outra norma à margem da norma. Estas pessoas fomos nós que ajudámos a criar.
O próprio nome “bairro social” dá já a ideia de uma “agenda oculta”, é algo diferente dos bairros comuns: há os nossos bairros e há os bairros sociais: há que marcar a diferença: nós não somos eles.
A inclusão passa pela construção de sociedades que se esmerem em cuidar dos seus convenientemente, não em “remendar” mal o que a norma invalidou.
Poderíamos talvez lembrar-nos mais vezes que a regra serve o indivíduo e não o contrário: o indivíduo nunca deveria submeter-se á regra só porque facilita as coisas…

                                                                                         Paulo Sérgio